domingo, 14 de dezembro de 2014

O Patinho Feio

Imagens/vídeos:



 



Informação: Provavelmente o mais marcante desenho animado da Neptuno Films que os portugueses puderam ver, este O Patinho Feio era um divertido e belo programa cujas personagens esbanjavam carisma. Pegando numa história tão "redonda", vá, como a do patinho feio, os autores deste programa usavam bem a imaginação para criar personagens animadas e aventuras interessantes para o nosso patinho feio e os seus amigos. Mas vamos por partes...para início de conversa, o desenho animado nem começava com o patinho feio; começava com um animal que tocava guitarra, chamado Marcolino, que tinha a seu lado um grupo de animais pequenos que queria ouvir as histórias dele. Escusado será dizer que a história que o Marcolino mais contava era a do patinho feio, mas contava-a aos bocadinhos, qual princesa Sheherazade. Às vezes, também cantavam canções, mas geralmente os pequenos gostavam mais era de ouvir a saga do Feio (que era o nome que deram ao patinho feio).

Dentro da história, o Feio vivia numa espécie de quinta, ao pé de um bosque, com vários habitantes de uma sociedade consideravelmente organizada. Vivia com os seus pais e irmãos e tinha "tios" que não eram bem tios; digamos que mais facilmente seriam os seus padrinhos. Os tios em questão eram o galo Mariano e a sua mulher. Ambos carismáticos, Mariano era um galo que tinha dificuldade em acordar para cantar e acordar a quinta, pelo que a sua mulher costumava acordar mais cedo que ele e acordá-lo para ele cantar. Só que o Mariano tinha um sono pesado, o que levava a que a mulher tivesse de gritar a plenos pulmões: "MARIANO!!!". E só então ele acordava, sobressaltado. O Feio tinha ainda o seu melhor amigo Nico, um porco gordinho e alegre, e o seu interesse amoroso, a patinha Patty, que sempre gostou do Feio independentemente do seu aspecto exterior. Outros habitantes da quinta eram o pai do Nico, um boi, o coelho Cândido e a tartaruga macho Fitibaldi. Este último era um pouco uma piada recorrente neste programa, porque o Fitibaldi gostava de combater a sua condição de tartaruga com um motor instalado na sua carapaça. O problema é que o motor quase nunca funcionava bem e aconteciam muitas trapalhadas por causa disso! Havia ainda uma ou outra personagem secundária que aparecia só num ou dois episódios. No geral, o céu era o limite; neste programa podiam aparecer super-heróis maus, jogos de vídeo falantes, plantas carnívoras, bruxas...e só escolher!

Depois, existiam os vilões do costume. Duas raposas macho mal intencionadas que não olhavam a meios para atingir os seus fins. Eram uma dupla curiosa, pois até eram capazes de conviver com os habitantes da quinta de vez em quando desde que eles ignorassem as maldades que eles já tinham feito. Um bocado como o Goma e o Cola de A Loja do Noddy. À parte disto, uma das raposas era o chefe e a outra era o ajudante burro. Clássico! Naturalmente, o chefe arquitectava os planos e o ajudante tentava ajudar a levá-los a cabo...mas acabava por estragar tudo. Se bem que o chefe também não era uma inteligência por aí além; lembro-me de um episódio em que eles tinham dinheiro e o chefe mandou o trapalhão à cidade para investir o dinheiro. Se não me falha a memória, o trapalhão foi a um banco, onde, logicamente, lhe depositaram o dinheiro e lhe deram um talão. O trapalhão ficou sem perceber o que tinha acontecido e foi falar com o chefe. Ele perguntou-lhe o que tinha feito ao dinheiro e ele explicou que o tinha dado a um homem e "Ele deu-me isto!". O chefe barafustou: "Um papel?!" e, num acesso de raiva, rasgou o talão todo. Freaking genius!... suponho que já sabem o que aconteceu a seguir; eles voltaram ao banco e pediram o dinheiro de volta, mas o homem disse-lhes que sem talão não havia dinheiro.

Alguns episódios

- Os habitantes do bosque decidem fazer uma animada corrida a pares no bosque. Cada par usa o seu veículo como bem entender, desde que joguem limpo. Mas, claro, as duas raposas também vêm competir e preferem tentar fazer batota. Coisa que fazem durante algum tempo. Mas acabam por se dar mal. Entretanto, os outros concorrentes jogam limpo e tentam vencer os obstáculos para chegar ao final. Quando a corrida está perto do fim, sem que nada o faça prever...o Fitibaldi e o Cândido passam a meta e ganham a corrida! É uma coisa completamente inesperada, até porque eles só apareciam de vez em quando na corrida e sempre com dificuldades em controlar a velocidade do Fitibaldi. Quando ganham, é mesmo uma surpresa, pois até parece que não foi feita justiça ao Feio e ao Nico, que tanto padeceram com a batota das raposas. Mas eis que um deles (acho que foi o Fitibaldi) agradece o troféu, mas diz que o vai dar aos "verdadeiros vencedores", o Nico e o Feio, pela sua dedicação e entrega! Pois é...neste episódio, os nuestros hermanos enganaram-nos bem, fazendo-nos crer por momentos que o karma não existia n'O Patinho Feio...

- O Nico encontra uma espécie de jogo de vídeo com um anfitrião amarelo que fala. Todo entretido a jogar o tal jogo, o pobre Nico não se apercebe que, de cada vez que ele perde, parte do bosque onde os nossos amigos vivem desaparece! Quando ele percebe isto, tenta reparar a situação jogando para recuperar o bosque...mas perde! Eis que o bosque está quase a desaparecer por completo e o anfitrião, maquiavélico, diz que lhes devolve o bosque se o Nico ganhar a seguir. Ele pergunta o que acontece se ele perder e a voz robotizada responde friamente: "Nesse caso, todo o bosque desaparecerá!". O Nico tem juízo e diz que não vai arriscar perder o pouco bosque que resta por causa de um jogo. Mas o anfitrião insiste: "Joga!". O Nico repete que não. O anfitrião tenta então hipnotizá-lo ("Joga!"), mas o Nico zanga-se a sério e grita "Nunca!". Dito isto, atira o jogo de vídeo contra uma árvore ou pedra qualquer. Passado pouco tempo, o bosque reaparece e tudo volta ao normal. Graças ao juízo e à vontade de ferro do Nico!

- Ainda cheguei a ver o episódio final. Tal como na história original, o nosso Feio descansa numa gruta e as suas penas começam a mudar, transformando-se num belo cisne. Pouco tempo depois, ele e a Patty têm filhos e os seus amigos reúnem-se para os ver sair do ovo. E, surpresa, o quarto filho sai...um patinho feio! O Feio e a Patty riem-se e abraçam-se. E é basicamente isto.

Uma(s) voz(es): Clara Nogueira; João Cardoso; Jorge Vasques; Raquel Rosmaninho; Rui Oliveira; Sissa Afonso; Zélia Santos

Uma(s) personagem(ns): Cândido; Feio; Fitibaldi; Kiki; Marcolino; Mariano; Nico; Patty

Genérico: Desconhecido

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Actualizações

Mais uma actualização, desta feita, no post "Bandolero". Aliás, é bastante parecida com a actualização anterior; é sobre a mesma voz, até.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Azuki

Imagens/vídeos: 



Informação: Um anime meloso e simples que fez parte da infância de muitos. Até porque de tempos a tempos era reposto. E, curiosamente, o que mais mudava não era a equipa de dobragem (aqui feita gentilmente pela mesma equipa que dobrou Digimon); era o genérico! Quando este programa começou a ser transmitido, o genérico era cantado em japonês. Mais tarde, tiraram a cantoria e ficou só o instrumental. Finalmente, fizeram uma adaptação do genérico para português! "Fico feliz, fico feliz, quando estás perto de mim(...)"


À parte disso, este desenho animado era sobre um jovem estudante chamada Azuki que tinha uma paixão platónica pelo seu colega Mike. O Mike era um bom rapaz e a sua beleza e forma física atraía muita gente. Resultado: a Lisa, uma espécie de arqui-inimiga da Azuki, andava sempre atrás dele. Só que ela era muito mais "peixeira" ao mostrar a sua queda pelo Mike e quase não olhava a meios para atingir os seus fins. Felizmente, a Azuki tinha o apoio das suas amigas como a Beth, a Cathy e uma menina de óculos muito ajuizada. Também tinha amigos, mas eles eram um pouco pestinhas: o Ken e o Joey. Os dois eram amigos, mas o Ken era o mais espevitado e brincalhão. Aliás, o Ken gozava muitas vezes com a Azuki. Embora, secretamente, ele nutrisse uma paixão por ela. Mal ele sabia que a pobre Beth gostava dele...ai, tantos triângulos amorosos! Agora ficou a parecer uma novela mexicana...

Alguns episódios
- A Cathy andava a comportar-se de maneira estranha, pedindo a algumas pessoas comidas estranhas como couves não vendidas e massas instantâneas. Quando lhe perguntavam o que se passava, ela justificava-se com a família: "A minha avó gosta muito de massas instantâneas!". No fim de contas, aquilo era tudo mentira e o que se passava era que a Cathy tinha "adoptado" um coelho e estava a dar-lhe de comer. E escondeu isso porque não queria que a avó dela soubesse. É que a avó dela era bera. Nas palavras da Azuki, a avó da Cathy era tão teimosa como a neta.

- Durante parte dos episódios, uma personagem teve uma pequena cadela chamada Lucy. Quando o Mike foi para fora, pediu à Azuki para tomar conta da Lucy. Ela fez isso o melhor que pôde e depois o Mike voltou para vir buscá-la. A Lucy ficou toda contente e deu umas lambidelas na cara do Mike, como alguns cães fazem. O Mike ria-se e a Azuki murmurava: "Tenho inveja da Lucy. Se eu pudesse mostrar os meus sentimentos ao Mike como a Lucy faz...". Só que o Ken ouviu o que ela murmurou (ou talvez não tenha ouvido; a cena era um pouco ambígua em relação a isso), fez uma cara toda gozona e, rindo-se, disse: "Azuki, porque é que não te atiras ao Mike, como a Lucy faz?!". Pois é...o rapaz era um gozão, mas às vezes tinha sentido de humor.

- Ainda hoje me lembro de um dos episódios finais, em que a Lisa estava a gritar com o Mike e ele defendia-se...nesse dia, o Mike assumiu claramente à Lisa: "Eu amo a Azuki!". Suponho que tanto a Lisa como eu trememos ao ouvir essa frase; no fundo, foi um choque. Quer dizer...quantas vezes nos desenhos animados da manhã é que se ouve a palavra com "A"? ;)

Uma(s) vozes: Bárbara Lourenço; Graça Ferreira; Mónica Garcez; Nara Madeira; Paulo Coelho; Pedro Borges

Uma(s) personagem(ns): Azuki; Beth; Cathy; Joey; Ken; Lisa; Lucy; Menina Michelle; Mike


Genérico: em japonês

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Actualizações

Actualização no post "Hoppity Hooper". Com muito gosto, diga-se de passagem; descobri mais uma das vozes clássicas da nossa infância!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O Cavalo de Prata

Imagens/vídeos:



Informação: Um desenho animado que só conheci numa fase mais final da minha infância. Creio que passava de manhã numa RTP. Bem...basicamente, é um programa sobre cavalos e outros animais selvagens que vivem numa floresta. O ambiente lá era muitas vezes tenso, porque havia muitas vezes ameaças à calma do lugar. Na verdade, não me lembro de quase nenhum episódio, pois nem gostava muito do programa. O que o tornava especial era aquele genérico fabuloso! Muito provavelmente melhor que o programa em si, o genérico tinha um ritmo óptimo que dava uma sensação de aventura épica vivida por um veloz cavalo. E a letra era qualquer coisa de especial. A versão portuguesa do genérico era cantada pelo actor português Fernando Luís, que mostrou mais uma vez os seus dotes canoros. Mas a versão inglesa também é magnífica e é cantada por uma voz diferente. Mais suave, talvez...lembra um pouco (só um pouco) a voz de Phil Collins.

Alguns episódios
- Como já disse, não me lembro de praticamente nada deste desenho animado. A única cena de que me lembro claramente é de uma cena em que o Tora estava com dois outros cavalos - um deles era fêmea - e disse que ia tratar de um assunto grave. O cavalo fêmea pediu-lhe para não a deixar sozinha e o Tora insistiu, dizendo que não sei quê, que tinha de a deixar segura. Ela respondeu de forma séria e nada melosa: "Eu só me sinto segura contigo!". Que bonito, não é? Bem, a verdade é que o Tora acabou por a deixar ir com ele, mas avisando-a para ter cuidado. Pois então!

Uma(s) voz(es): ?

Uma(s) personagem(ns): Tora

Genérico:
Foi no meio da escuridão
E na fúria do trovão
Que um sinal de liberdade
Se levantou do chão

Tora
O meu nome é Tora
Como o vento
Livremente
Correrei

Tora
O meu nome é Tora
O meu destino
É ser livre
Como um rei

No recôndito do vale
Na neblina do paúl
Passa a alma de um cavalo
Um silêncio azul

Tora
O meu nome é Tora
Como o vento
Corro livre
Como o vento

Tora
O meu nome é Tora
Como o vento
Serei livre
Serei rei


Interpretado por: Fernando Luís

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Dica: Bendito Regresso

Caros leitores:

Venho aqui dar-vos uma pequena dica: o delicioso e muito criativo desenho animado "Recreio" (Recess, no original) tornou-se há pouco tempo um dos programas do nosso Disney Channel. Note-se que não é um desenho animado esquecido. Mas achei por bem recomendá-lo, pois além de se assemelhar a uns desenhos animados que eu cá sei, este programa pode trazer diversão e crianças e adultos e mostrar como se pode ter grandes ideias a partir de um espaço simples como o recreio de uma escola.

E, com isto, retomamos a nossa programação normal! ;)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Bandolero

Imagens/vídeos:





Informação: Um programa com uma fórmula um tanto ou quanto semelhante à do Robin dos Bosques. Vejam bem, o protagonista é um ladrão! É verdade; um ladrão chamado Bandolero. Ele e os seus três amigos formam um grupo que se esconde lá para a floresta, perto de uma gruta. Os maiores inimigos de Bandolero são homens antipáticos e um tanto ou quanto tiranos. E se bem me lembro, o arqui-inimigo do Bandolero - chamemos-lhe Rodrigo, embora eu não me lembre se era esse o nome na tradução portuguesa - tinha um cargo qualquer no exército; até tinha uma roupa especial de corrida (isto não vos lembra o Zorro?). E obrigava os habitantes do local a pagar grandes impostos. Aí é que os “serviços” do Bandolero e do seu bando se tornavam necessários; eles basicamente roubavam aos ricos para dar aos pobres – lá está, a fórmula “Robin dos Bosques”. Quando calhava, o Bandolero até assaltava os seus inimigos. Mas ele tinha um ponto fraco: uma mulher (com a voz de Margarida Machado). Uma mulher fina que vivia numa casa e até tinha empregada doméstica. Mas essa mulher amava o Bandolero, não tenham dúvidas. E ele visitava-a indo ao pé da sua varanda ou subindo mesmo lá para cima, qual príncipe que sobe pelas tranças de Rapunzel. Quanto aos companheiros de Bandolero…o “Dragabuche” é gordinho, divertido e parece gostar de comer. A Rosita e o Tony (este lê-se Tóni e não Tóní) vão acabar por se tornar um casal, embora no princípio não se perceba nenhuma química especial entre eles. E há ainda o Flaco, o cão do Bandolero. O Flaco não fala, mas pensa e consegue comunicar com outros cães com uma espécie de telepatia.

Este programa, creio, vinha de uma empresa espanhola que tinha uma espécie de Rei Neptuno como símbolo: a Neptuno Films. Embora um tanto ou quanto esquecido, esse Rei Neptuno trouxe vários desenhos animados em alturas diferentes da minha infância. Entre eles, um que se chamava algo como “Bogey Bogey”, assim como “O Patinho Feio” (de que vou falar noutro post) e um desenho animado sobre monstros. É, estou muito agradecido à Neptuno Films por me ter trazido todos estes desenhos animados. E aos estúdios que os dobraram, claro.

Alguns episódios
- Uma vidente faz várias previsões para o Bandolero, entre as quais se incluem a previsão de que um dos seus amigos vai morrer e a de que Bandolero vai ser salvo por algo que o seu maior inimigo lhe vai dar. O Bandolero acha um disparate, mas quando as previsões da vidente se começam a confirmar, ele receia que o "Dragabuche", a Rosita ou o Tony morram. Depois de um tempo a agonizar, pensando em quem seria o infeliz...o Dragabuche aparece estendido no chão com a camisola toda vermelha! O Bandolero fica desolado, mas logo percebem que o Dragabuche está só a dormir. E, antes disso, estava a cozinhar e entornou molho de tomate na roupa! Lindo serviço...enfim. Mais tarde, algo chama a atenção do Bandolero: o seu arqui-inimigo Rodrigo, que vai a passar! O Bandolero decide assaltá-lo. Assustado com as ameaças dele, o Rodrigo dá-lhe a coisa mais valiosa que tem consigo: uma espécie de cigarreira feita de ouro. O Bandolero fica todo contente, mas quando se distrai a falar com a Rosita e com outra pessoa, o Rodrigo aproveita para sacar uma arma...e dá um tiro no Bandolero! Quando todos estão aflitos, o Bandolero sorri ao ver que a vidente tinha razão. Foi salvo por algo que Rodrigo lhe deu! Como? Bem, ao dar um tiro no Bandolero, o nabo do Rodrigo acertou na mão deste...que estava a agarrar a cigarreira! E a bala ficou presa na cigarreira! E é um final feliz.


- Ainda apanhei os momentos finais deste desenho animado. Foram intensos...o Bandolero e o Rodrigo decidem lutar. A questão é que estão ao pé de um precipício. É então que Rodrigo dá um tiro em Bandolero, que fica deitado ao pé do precipício. Rodrigo diz “Até nunca mais, Bandolero!”. O nosso herói conserva o sangue-frio e diz: “Sim...até nunca mais!!!”. Ao dizer isto, o Bandolero faz um movimento simples mas eficaz: puxa Rodrigo pelos braços, fazendo-o desequilibrar-se; ainda agarrando os braços de Rodrigo, apoia os seus pés no peito dele e balança o corpo todo para trás...o que lança Rodrigo pelo precipício abaixo! Rodrigo grita em agonia...e nunca mais o vemos ou ouvimos! E o final é uma festa, um típico final todos-se-casam! O Bandolero casa com a sua amada, o Dragabuche diz que vai casar com a criada da amada do Bandolero – eles já gostavam um do outro – e o Tony e a Rosita...bem, ficam como estão, sem casamento marcado. Mas sempre juntos!

Uma(s) voz(es): Alexandra Sedas; Margarida Machado; Nuno Távora; Paulo Espírito Santo

Uma(s) personagem(ns): Bandolero; “Dragabuche”; Flaco; Rosita; Tony;

Genérico:
Bandolero
Bandolero
Bandolero…

Combaterás o mal
E sempre vencerás
Bandolero

O pobre ajudarás
E o defenderás
Bandolero

O mais bravo e valente serás
E a morte tu não temerás
Bandolero, teu nome é querido
Também és temido
Pelos teus inimigos
Que querem-te ouvir

Bandolero, Bandolero
Cavalgando viverás
Bandolero, Bandolero
Lutando sempre estás


Interpretado por: Paulo Espírito Santo

sábado, 21 de junho de 2014

Especial: uma pérola no Youtube

Não consegui resistir a partilhar convosco esta pérola que encontrei há pouco no Youtube. Ao que parece, este vídeo surgiu no início deste mês. Aqui o têm. Aproveitem!

https://www.youtube.com/watch?v=5irnOa4w1lY

Em que consiste, perguntam? Bem, vê-lo é mais fácil, mas...basicamente, foi uma alma bondosa que nos concedeu um pouco do que é tão difícil encontrar em Portugal: os nomes dos dobradores da nossa infância! Pois é: aqui mostram-nos os nomes dos dobradores de algo tão épico como "Oliver e Benji"! Aliás, até é uma coincidência engraçada, tendo em conta o meu último post...enfim. Claro que alguns de nós já devem conhecer alguns nomes...mas alguém sabia, por exemplo, o nome do relatador dos nossos jogos favoritos? É verdade: neste vídeo conhecemos Daniel Oliveira! Ah, aquela bela voz que relatava os feitos do Oliver, do Ed Warner, dos irmãos Masao...e dão-nos muitos mais nomes. Além de fotografias. Que é algo que dá sempre jeito para o caso de passarem por eles na rua e lhes quiserem dar um bom aperto de mão, juntamente com um "obrigado!". Já fiz isso algumas vezes. Força nisso! E bom vídeo!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Super Campeones

Imagens/vídeos:





Informação: Ponto prévio: a principal razão deste post é a minha recente ida a Espanha, que me encantou. Agora, também em homenagem à boa gente com quem lá estive, vamos excepcionalmente conhecer a versão espanhola de um desenho animado que passou no Canal Panda há uns bons anos.
Atenção! Eu chamei-lhe "espanhola", mas refiro-me sobretudo à linguagem falada no programa. Eu não tenho a certeza, mas é bem provável que a dobragem deste programa a que me refiro (o tal que passou no Canal Panda há uns anos) seja a dobragem mexicana, e não espanhola. Contudo, uma vez que eu adoro dialectos latinos, a homenagem centra-se no espanhol e na sua sonoridade, não necessariamente no país de origem desta versão. Fica o aviso.

Em frente!

Fãs de Oliver Tsubasa, preparem-se para um choque! Estão preparados? Bem, aqui vai: anos antes de a televisão portuguesa nos mostrar a versão portuguesa das aventuras deste grande futebolista japonês, passou na televisão uma versão espanhola (ok, talvez mexicana...) do nosso Oliver! É verdade; como já disse, passou no Canal Panda, naquele tempo em que a TV Cabo ainda tinha o seu quê de novidade e só os mais modernos e/ou abastados tinham TV Cabo e podiam ver o Canal Panda. Podem ver mais evidências do que estou a dizer nos comentários daqui. Adiante...note-se que os animes deste futebolista foram tantos que é difícil especificar qual deles foi. Mas enfim...o que posso dizer desta versão espanhola é que, além de passar com o áudio espanhol com legendas em português (sim, tal como o Doraemon fez durante muitos anos!), estas aventuras eram muito semelhantes às que passaram na televisão portuguesa. Ou seja: como de costume, era a equipa do Oliver contra as restantes equipas, nomeadamente a do Mark Landers. Mas, nestes desenhos, o Oliver e os seus amigos Jamie, Bruce, Paul e afins pareciam homens feitos. Nada das crianças que apareciam nas versões portuguesas. Estes eram altos, espadaúdos e tinham vozes adultas! Pois é: a dobragem espanhola dava às nossas personagens vozes graves e determinadas que os faziam soar como adultos. E provavelmente era essa mesma a ideia...seja como for, a diferença em relação à dobragem portuguesa é muito grande. E, claro, quem vir esta dobragem agora vai sentir falta da arrasadora voz de Paula Seabra, mais conhecida como "Oliver Tsubasa".



Eu sei, Carter Taki...é surpreendente, não é?



As diferenças não ficavam por aqui. Algumas até são bastante curiosas. Exemplo: nesta versão, não há exactamente um Tobey Misaki (lembram-se dele?). Há, sim, um tal "Tom". Não me lembro com certeza se o último nome deste Tom era Misaki, mas é notório que este é uma versão alternativa do Tobey. Porquê? Bem, primeiro pela semelhança do nome (Tom-Tobey). Depois, por o Tom ser o melhor amigo do Oliver. Depois, por o Tom, assim como o Tobey, ser o melhor jogador da equipa a seguir ao Oliver. Finalmente, por alguns traços faciais, como o cabelo castanho em formato semelhante ao de uma tigela - que era um visual que o nosso Tobey por vezes tinha, embora nem sempre; lembram-se de quando ele tinha cabelo comprido e negro? - e o brilho nos olhos dele quando jogava ou via jogar. É, este Tom é claramente o Tobey. Outra diferença é o surgimento de uma personagem chamada Terry, que se bem me lembro não existe na versão portuguesa. O Terry é um rapaz que vem sabe-se lá de onde para jogar na equipa do Oliver. Ele pensa que estão todos à espera dele, mas quando chega lá...ninguém sabe quem ele é! À parte disso, o Terry é um grande jogador e tem uma finta tramada que se chama a "finta de 90 graus". Ele chega mesmo a ser chamado à selecção japonesa. Portanto, já se vê que não é só mais um jogador; é dos bons! E...e...finalmente, o genérico era diferente. Nada de Benji-Oliver nem de vitória nesta história; o genérico que passava no Canal Panda era cantado em japonês, com um gentil "Super Campeones!" dito por uma voz de homem. A versão que aqui vos mostro não é exactamente a que passava, mas foi o mais próximo que encontrei...

Pois é; anos antes de jovens futebolistas como Oliver Tsubasa, Ed Warner, Suichi Hiroshi, Julian Ross e muitos mais nos deliciarem com o seu futebol sub-17 (ou lá o que era), já alguns de nós conheciam estas personagens e conheciam-nas como adultos machões que estavam constantemente a usar a expressão "disparar" (em português é rematar). E com um genérico diferente, mas marcante. É uma memória deveras curiosa, na minha opinião...e viva Espanha! ;)

Alguns episódios
- Vários episódios destes eram semelhantes aos da versão portuguesa. Mas vejamos...bem, houve um em que havia uma confusão de lesões na equipa do Oliver. Uma delas era a do Benji, que ao defender uma bola deu uma cambalhota, o seu pé foi projectado para cima e bateu contra um poste. E como ele gritou de dor...parecia um dos gritos do Dragon Ball!

- No tal episódio em que o Terry chega e ninguém sabe quem ele é, o treinador não hesita; põe o Terry a jogar. É um jogo importante, mas ele é lançado às feras. E o Oliver, com a sua fé nos outros, percebe que o Terry está isolado e arrisca passar-lhe a bola para ele rematar. Ele, surpreendido, experimenta um pontapé de bicicleta...e marca! E acaba a chorar. Os outros perguntam-lhe o que é que ele tem e ele explica que são lágrimas de alegria por o Oliver ter confiado nele sem nunca o ter visto jogar!

- Num dos clássicos jogos Oliver vs. Mark, o grande Ed Warner (pode não ser exactamente este o nome...) decide sair da baliza, correr até à outra área e rematar. Na sua cabeça, ouve-se "Benji, como sou guarda-redes, conheço a fraqueza dos guarda-redes!". E o episódio acaba. Claro que, no episódio seguinte, o Benji percebe o que ele vai fazer. Porque é guarda-redes, pois então!

Uma(s) voz(es): ?

Uma(s) personagem(ns): Benji; Oliver; Terry; Tom

Genérico: em japonês

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Weekenders

Imagens/vídeos:



Informação: Este desenho animado que, se bem me lembro, passava na SIC aos fins-de-semana, lembrava um pouco o “Recreio” (Recess). Se bem que era só a lembrança, porque os argumentistas do “Recreio” eram de uma criatividade fora do comum, patamar ao qual os deste “Weekenders” não chegaram. De qualquer forma, neste programa acompanhávamos as curtas aventuras de quatro amigos adolescentes: o Tino, o Carver, a Tish e a Lor. Eles viviam pequenas aventuras geralmente em menos de 4 dias, porque estas passavam-se sobretudo no fim-de-semana. Ora, como fazer uma boa aventura que se passe em apenas dois dias? Para isso, os argumentistas tinham de fazer uma pequena batota: faziam a aventura começar na sexta-feira à tarde e concluíam-na na segunda-feira, antes das aulas. Espertos, hem? As personagens principais tinham vozes que não se ouvem facilmente por aí (ou, se ouvem, é porque as pessoas que as dobravam cresceram e a voz mudou muito) e cada um tinha as suas particularidades. A Lor gostava mais de fazer desporto, a Tish era mais sábia e usava óculos…por aí. O Tino era o nosso principal cúmplice, porque no início da aventura virava-se para nós e costumava dizer: “Olá! Daqui Tino.”, descrevendo-nos depois o que se estava a passar. Este grupo tem também o hábito delicioso, embora pouco saudável, de comer fast-food frequentemente, em especial umas batatas fritas com um molho vermelho (é bem possível que fosse ketchup).

Nota: Ao que parece, este desenho animado foi reposto há pouco tempo num canal qualquer. Não vi quase nada dessa reposição – até porque ela não durou muito – mas do que ouvi, acho que mantiveram as vozes originais. Algum de vocês o viu? É que nem reparei se o programa se chama mesmo "Weekenders" em Portugal. Talvez se chame, já que "weekenders" não tem bem tradução, pelo que em Portugal teria de ser algo como "Fim-de-Semaneiros"...o que ficaria uma palavra bem estranha!

Alguns episódios
- Muitos dos episódios deste desenho animado viviam do exagero das personagens. Exemplo: o Tino tinha uma trotinete especial com a qual queria fazer uma corrida. Mas ela avariou-se e o Carver disse que a levava para a sua casa para a poderem arranjar. Só que a dada altura o Tino meteu na cabeça que o Carver estava a demorar muito a devolver-lhe a trotinete e começou a imaginar que ele estava a fazer de propósito. Isto foi ao ponto de o Tino fantasiar que pedia a trotinete ao Carver e ele dizia que lha dava depois...com uma gargalhada vil! Claro que, no fim de contas, descobrimos que o Tino estava só a fazer filmes na sua cabeça e que o Carver não faria uma coisa dessas.

- Não pensem que o Tino era particularmente paranóico; às vezes era ao contrário. Aconteceu que o Tino teve de passar uns tempos em casa do Carver. Como estava em casa alheia, o Tino foi muito educado com a família do Carver. Tudo bem. O problema é que o Carver começou a pensar que a sua família estava a gostar demais do Tino. O clímax? O Carver teve um pesadelo em que o Tino o tinha substituído como membro daquela família, que agora se referia ao Carver como “o filho que deitámos fora!”. Estes jovens, tsc tsc...enfim, como é óbvio, nada disto aconteceu e o Tino explicou que estava só a tentar portar-se bem.

- E quando era a Lor que exagerava? Uma vez, ela entrou numa competição qualquer de basket em que, se marcasse três cestos seguidos, ganhava 2000 contos (sim, na altura eram contos, e não euros). A Lor ficou cada vez mais obcecada com a possibilidade de perder, não só por causa do dinheiro...mas porque tinha medo que a Tish, o Tino e o Carver passassem a odiá-la! Esta preocupação, suponho, parece exagerada. E, de facto, era, até porque a Lor podia ter percebido que os seus amigos a apoiaram ao longo de toda a espera pela competição. E mais: davam-lhe conselhos para melhorar o seu jogo. O Carver sugeria-lhe pôr os joelhos num certo ângulo e a Tish dizia-lhe que ganhar não era tudo. O Tino...bem, ele não sabia muito de basket, por isso deu-lhe um conselho que era capaz de dar a toda a gente: “Nunca bebas detergente!”. Que conselho, hem? Adiante...no final, a Lor perdeu a competição e o dinheiro, mas não perdeu amigos nenhuns. Eles disseram que tiveram pena, mas que gostavam dela na mesma. Pois então!

Uma(s) voz(es): Rui Oliveira

Uma(s) personagem(ns): Carver; Lor; Tino; Tish

Genérico:
Todos no fim-de-semana
Quero o fim-de-semana…ei!*


*Além de precedido de uns 5 segundos de música instrumental, este genérico era mais falado do que cantado. E o original era maior.


Interpretado por: ?

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Os Traquinas

Imagens/vídeos





Informação: Devo ter visto no máximo 4 episódios deste desenho animado, mas ele ficou-me na memória. Cada episódio era centrado num dos alunos de uma turma. Essa turma consistia no grupo de crianças que eram os tais “traquinas”. Uma das coisas mais curiosas deste programa era que, embora isso pudesse ser difícil uma vez feita a tradução, cada personagem tinha dois “nomes” começados pela mesma letra. Patrícia Perfeita, Telmo TV, etc. E o segundo nome costumava ser um adjectivo e/ou algo que identificasse a característica especial de cada aluno. O episódio evidenciava essa mesma característica. Aliás, o título do episódio era justamente o nome da pessoa, a sua característica e um “hem?” a acompanhar. Assim, após um genérico, uma simpática voz (seria a de Jorge Pinto? Não posso assegurar…) dizia algo como “Patrícia Perfeita, hem?”.

Alguns episódios
- Patrícia Perfeita: A Patrícia combinou ir brincar com um amigo, mas perdeu o seu totó (ou laço, não tenho a certeza). Como é “Perfeita”, a Patrícia diz que não pode brincar enquanto não o encontrar. O amigo oferece-se para procurar e os dois procuram, deixando o quarto todo desarrumado! Quando encontram o totó, vêem a confusão que fizeram, percebem que foi divertido desarrumar aquilo tudo e o amigo convida a Patrícia para vir desarrumar o quarto dele!

- Telmo TV: O Telmo tem o hábito de imitar uma personagem que viu na televisão. E muda a personagem dia após dia, consoante os programas que vê. Mas um dia falta a electricidade na casa dele e, por causa disso, ele vai ter de ser apenas ele próprio no dia seguinte. Os colegas dele até estranham ele não estar mascarado…

Uma(s) voz(es): Helena Montez; Sandra de Castro

Uma(s) personagem(ns): Patrícia Perfeita; Telmo TV

Genérico:
Somos os traquinas
Todos queremos divertir
Os traquinas
Não há nada melhor do que rir

Lá lá lá lá lá lá…oi!
Somos os traquinas
Os traquinas, sim


Interpretado por: Vários

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Especial: Capuchinho Vermelho - A Verdadeira História

Olá a todos! No âmbito da semana em que se celebra o Dia Mundial da Voz, o blog Desenhos Animados Esquecidos vem aproveitar a ocasião para, digamos, ser um pouco mais flexível em relação às suas regras. Assim sendo, vai falar não de um programa de televisão, mas de um filme (também ele esquecido, note-se). O filme Capuchinho Vermelho - A Verdadeira História. Este filme de animação tem vários pormenores que o tornam único e que fazem com que mereça ter um lugar especial na memória das pessoas. Infelizmente, não há muita gente que fale deste filme. Aliás, um bom número de pessoas parece nem o distinguir das dezenas de filmes de animação menores que são feitos ano após ano. E é uma pena que assim seja; para início de conversa, este filme é uma das animações mais subvalorizadas que já vi. Tem acção, boas músicas, boas vozes e, acima de tudo, um argumento impressionante que é um dos melhores - talvez o melhor... - que já vi num filme de animação. Este argumento engenhoso que lembra vagamente os de How I Met Your Mother (também impressionantes e engenhosos) poderia até competir com a inteligência do argumento de Toy Story 3.


Poster de Capuchinho Vermelho - A Verdadeira História


Mas, à parte disto, temos aquilo que mais nos interessa neste post: a dobragem. Aquando do marketing razoável que este filme teve antes de estrear em Portugal, os nomes associados à dobragem de Portugal apareciam até no poster do filme. E eram chamativos, sem dúvida! As 5 personagens mais importantes foram dobradas por Inês Castel-Branco, Simone de Oliveira, Luís Esparteiro, João Lagarto e Vítor de Sousa. É, isto chamava a atenção. Mas, curiosamente, o destaque aqui nem são os principais; não desfazendo o grande trabalho que estes actores executaram, o mais interessante foi que este filme representou, para alguns dobradores de televisão, a "promoção" à dobragem de cinema! Alguns dobradores queridos do público, mas que nunca antes tinham dado vozes a personagens de um filme de animação. E as vozes deles estão "escondidas" neste filme, distribuídas por personagens secundárias. E vale a pena reparar nisso: estas vozes passaram por programas tão relevantes para a nossa infância como A Carrinha Mágica, Medabots e até O Peixe Arco-íris.


Mas há ligação entre este desenho animado e este filme?
Há sim...


Eu aconselharia qualquer fã de dobragens portuguesas a ver ou rever o filme. Vá lá, revejam. Concentrem-se nas personagens secundárias. Ouçam as vozes delas. Estão a ouvir? É verdade, lá estão eles! Lá está o grande João Pinto, com a sua bela voz, a dar voz à personagem Notas. E lá está aquele homem cujo nome não conseguimos descobrir, mas que é "famoso" por ter dado voz a personagens importantes como o Sr. Asuka em A Ladra Meimi e o pai de George em O Pequeno George. Lá está ele a dar voz a um dos porcos-polícias! Que achado! Ah, mas não é tudo! Ainda temos o melhor exemplo: José Pedro Carvalho! Este dobrador teve direito à personagem secundária com mais destaque do filme. E, apesar de secundária, a personagem dele acaba por ser uma das mais marcantes não só do filme, mas também do mundo dos filmes de animação! Não posso especificar as razões para isso, porque isso implicaria revelar pormenores a mais e tiraria o gosto da surpresa a um argumento que está sempre a surpreender. Mas, garanto-vos, a personagem de José Pedro Carvalho é muito interessante. E ouvir a sua voz num filme também é gratificante.

Posto tudo isto, só me resta reforçar os convites que já fiz: vejam ou revejam este grande filme. E ouçam as vozes que é tão raro ouvir no cinema. Porque esta dobragem, meus amigos, não é só mais uma; merece uma atenção especial! Vejam, ouçam e sorriam!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Marcelino Pão e Vinho

Imagens/vídeos:





Informação: Este desenho animado educativo e bonito inspirou-se provavelmente no filme espanhol “Marcelino Pan y Vino”. O protagonista é uma criança que, diz o genérico, tem “magia e poder”. A verdade é que, mesmo que não fosse a magnífica pessoa que é, o Marcelino tem qualquer coisa de especial. Consegue falar com os animais, inclusive. O Marcelino é abandonado ainda bebé ao pé de um mosteiro. Os homens que lá vivem acolhem-no e dão-lhe o nome, pois o dia em que o encontraram é dia de São Marcelino. O rapaz cresce, torna-se uma criança pura e altruísta e lá vai vivendo as suas aventuras fora do comum com os seus amigos também fora do comum. Um deles é Candela, uma jovem bonita mas estranha. A Candela aparece de vez em quando vinda sabe-se lá de onde e pouco depois vai sabe-se lá para onde. Se não fosse a diferença de idades entre ela e Marcelino, dir-se-ia talvez que eram um casal, pois Candela tem por hábito beijar Marcelino (na bochecha, bem entendido…). Os outros amigos do Marcelino são muitos e incluem um fantasma, um rato e o capitão de um barco.

Alguns episódios
- O veado, o rei da floresta, está prestes a abandonar o seu posto e chama o Marcelino. Então, diz-lhe que ele tem de arranjar outro animal da floresta que a possa governar. O Marcelino sugere vários, mas o veado recusa as sugestões de Marcelino e sugere Ivan, o javali. O problema é que Ivan não está para aí virado, porque ele é agressivo e detesta toda a gente da floresta. O Marcelino tem então de enfrentar Ivan numa espécie de combate. No final do combate, Marcelino chega-se a ele e pergunta: “Ivan, porque és tão mau?”. Ivan, consumido pelo cansaço e pela raiva que o persegue há muitos anos, chora e responde: “Porque...ninguém gosta de mim.”. O Marcelino explica-lhe que todos podem gostar dele se ele não fizer tanto mal e Ivan, após chorar mais um pouco, resigna-se e toma o posto de rei da floresta, desta vez com boa vontade.

- Um balonista desconhecido pede um quarto aos homens do mosteiro (que, naturalmente, se tratam uns aos outros por “irmão”) para descansar e para se pôr mais apresentável. Quando um dos irmãos vai ver como está o balonista, apanha um susto ao descobrir que ele é ela; é uma mulher! Uma mulher chamada Sylvia Morris, que prefere que a tratem por Morris. Os irmãos discutem entre si, constrangidos, porque sempre foi proibido acolher mulheres no mosteiro. O Marcelino defende Morris e acaba por os convencer a deixá-la lá ficar por uns tempos.

- Certo dia, um homem que perdeu a memória é acolhido no mosteiro. Como ninguém sabe o nome dele, o Marcelino chama-lhe Quinta-feira! Porquê? Porque conheceram o homem numa quinta-feira! Algum tempo depois (acho que até foi noutro episódio, mas enfim...), o homem começa a lembrar-se e revela-lhes que se chama Mauro Fernández, mágico de profissão. Antes de ele partir, Marcelino pergunta-lhe se ele prefere que lhe chamem Mauro, Fernández ou Quinta-feira. Ele responde: “Gosto que tu me chames Quinta-Feira.”. É, este desenho animado era uma ternura...

Uma(s) voz(es): Ângela Marques; António Vaz Mendes; Raquel Rosmaninho; Raul Constante Pereira

Uma(s) personagem(ns): Candela; irmão Ding-Dong; irmão “Pap”; irmão Pássaro; irmão Provérbio; Ivan; Marcelino; Quinta-feira; Sylvia Morris

Genérico:
Já uma lenda previa
Que ia nascer
Uma criança diferente
Com magia e poder

Foi no velho mosteiro
Que alguém o abandonou
Nos degraus, ao frio e ao vento ficou

Seu nome é Marcelino
Pão e Vinho; é incrível...
Marcelino; um herói
Com alegria leva a vida

Seu nome é Marcelino
Pão e Vinho; corajoso...
Marcelino; com a ajuda
Dos amigos venceu

Na neve fria um herói nasceu


Interpretado por: ?

segunda-feira, 24 de março de 2014

O Pequeno Drácula

Imagens/vídeos:



Informação: Um desenho animado simples que passou no Canal Panda há uns anos, num modesto horário da tarde. O protagonista era um pequeno drácula (olha, quem diria...) verde que tinha uma família de vampiros e que passava por algumas aventuras. Pessoalmente, creio que este desenho animado não era dos mais inspirados da tarde do canal em questão. Aliás, mal me lembro do enredo de um episódio que seja. O que tornava este desenho animado algo de especial...era o genérico! Todo ele cantado em francês, o genérico tinha um ritmo muito bom acompanhado por algumas imagens inspiradas. O início do genérico, então, é mesmo bom! Conjugando com mestria o agudo uivo de um lobo e uma cidade a ser imersa em sombras como se estas pretendessem agarrar a cidade (brrr!), este genérico tinha uma deliciosa mistura de terror com simpatia. Se o início é todo ele pensado para assustar crianças - e talvez até pessoas mais crescidas - o restante mostra-nos que o drácula em questão é divertido e não quer fazer mal a nenhuma criança. E o final também tem muito que se lhe diga, com um logótipo dos bons. Enfim...como já disse neste post, este desenho animado faz parte de uma lista de desenhos animados cujos genéricos são melhores que o desenho animado em si. Não que o programa seja mau. O genérico é que é bom demais, por assim dizer...

Alguns episódios
- Pois...nem me lembro do enredo de um dos episódios deste programa. Só me lembro de uma cena de um episódio em particular, em que se brincava com a questão de o quotidiano dos vampiros ser diferente do nosso. A saber: o pequeno drácula ia dormir e estava desanimado. O pai dele (com a voz de João Pinto) tentou animá-lo despedindo-se assim: "Não te preocupes, filho; amanhã é outra noite!". Dito isto, dirigia-se ao interruptor, apagava a luz e desejava "Bom dia!". Creio que todos nós percebemos a brincadeira, pois já se sabe que os vampiros dormem de dia...

Uma(s) voz(es): João Pinto; Mónica Chaby

Uma(s) personagem(ns): Mãe do Pequeno Drácula; Pai do pequeno Drácula; Pequeno Drácula

Genérico:
Lorsque la nuit et le tonnerre
Lancent leurs cris dans le cimetière
Il vous attend, c'est ici
Little drac est un ami

Drac, Little drac
Drac, Little drac

Des pouvoir surnaturels plein les poches
Il aurait vraiment de quoi foutre les pétoches
Dans la galerie des horreurs
Soyez donc ses visiteurs

Imaginez donc ce que peut être la vie
D'un adorable petit vampire d'aujourd'hui
De l'aventure, des histoires folles
Voiture, laser et rock'n'roll

Drac, Little drac
Drac, Little drac


Interpretado por: ?

sexta-feira, 21 de março de 2014

Robin dos Bosques

Imagens/vídeos:







Informação: Muita gente conhece pelo menos parte da história do Robin dos Bosques, não é? Bem, este desenho animado explorava um pouco essa história. Aqui, não há Robin Hood nem Little John; há o Robin dos Bosques e o João Pequeno! É uma das características da versão portuguesa deste programa: é tudo em português. Robin e João Pequeno começam por ser rivais, mas com o passar do tempo vão-se dando melhor, embora o João Pequeno se ache muito bom e muito corajoso. A verdade é que, na versão portuguesa, ele tem uma voz ainda mais grave que a de Robin…voz essa que, salvo erro, nunca mais ouvi numa dobragem. Nem a de Robin, creio...de qualquer maneira, o grande herói aqui é Robin. Apesar de ter fair-play, ele encara os desafios com uma cara muito séria e nunca menospreza o seu adversário. Este Robin dos Bosques deve ter sido um dos poucos animes japoneses dobrado em português que não ficou muito na memória das crianças; geralmente, os animes que passam em canais abertos e têm direito a dobragem são recebidos um pouco melhor.

Alguns episódios
- Tive a sorte de ver o episódio em que Robin conhece o João Pequeno. Os dois trocaram uma luta de olhares, por assim dizer, e Robin quis saber o nome de João. Ele respondeu, claro, que se chamava João. Porém, ao ver João todo carinhoso para com um cãozinho, Robin basicamente muda-lhe o nome para "João Pequeno"! E a alcunha, como sabemos, fica!

- Dois tipos estão a lutar com espadas lá pela floresta. A certa altura, um é borrifado com água. Sem perder a calma, ele diz algo como: "Ei...oh...água não vale!". O frade, que acabou de lhe atirar água, responde ironicamente: "Pode ser que água te sirva para refrescar as ideias!". Quando o tipo que levou com água se zanga a sério, o Frade é salvo por Robin!

- O João Pequeno está à procura de um tesouro numa espécie de castelo, juntamente com alguns da sua trupe. A certa altura, eles vêem algumas cordas a pedirem para ser puxadas (não literalmente...). Sem medo das possíveis armadilhas, João Pequeno mete calmamente a sua espada debaixo dos pés e puxa uma corda. As pedras debaixo dos pés dele abrem-se...mas ele não cai! A espada mantém-no bem apoiado entre as pedras que sobraram. O João Pequeno ri-se da armadilha e vangloria-se por não ter caído. Depois, diz "Vamos experimentar esta agora!" enquanto puxa outra corda. E encontram o tesouro! Se bem me lembro, aquilo depois azedou...

Uma(s) voz(es): Adriano Luz

Uma(s) personagem(ns): um frade; João Pequeno; Robin dos Bosques

Genérico:
Vivem escondidos
Ele e os seus amigos
Fortes, destemidos
Nas florestas e nos bosques

O seu dirigente
Hábil e valente
Que vai sempre à frente
Chama-se Robin dos Bosques

É o Robin,
Nós chamamos-lhe assim
Quando vai à liça
Praticando o bem e a justiça

É o Robin
Numa luta sem fim
De santa vontade
Não lhe escapa nada

Sempre que um povoado
Seja maltratado
Por qualquer malvado
Além, o Robin dos Bosques

Quando o inimigo
Faz mal a um amigo
Ele não foge ao perigo
Valente Robin dos Bosques!



Interpretado por: Helena Isabel